Comissão de saúde delibera e recebe denúncia de cobrança de sangue
Com a presidência do deputado Dr. Neidson (PMN) a Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS), reuniu-se na tarde de segunda-feira (22) para deliberar assuntos pertinentes a pasta.
A reunião contou também com a participação dos deputados Alex Redano (PRB), Jesuíno Boabaid (PMN), Hermínio Coelho (PDT) e Ezequiel Júnior (PSDC).
Dr. Neidson iniciou lendo carta encaminhada pelos organizadores da campanha para o incentivo a doação de órgãos, que é realizada no mês próximo mês, intitulada Setembro Verde, marcada pelo laço verde. Foi deliberado e aprovado o encaminhamento do pedido à Mesa Diretora para que autorize na abertura e encerramento das sessões a citação para o incentivo à doação e a distribuição de folders na recepção da Casa.

Um documento encaminhado pela Sesau, em resposta às solicitações da CSAS, referente aos doentes renais crônicos, também foi lido esclarecendo sobre exames de biópsia renal e resultado, o local de realização das análises do material de biópsia e tempo de entrega.
Projeto
O parecer favorável da deputada Rosângela Donadon (PMDB), em projeto do deputado Maurão de Carvalho (PMDB), o qual dispõe sobre a distribuição gratuita por parte do Estado às gestantes para evitar o zika vírus, foi lido e o deputado Jesuíno Boabaid afirmou que em seu parecer na CCJ que há conflito entre a ementa da Lei e o texto. Após discussões o mesmo pediu pelo arquivamento do projeto.
Denúncia
O deputado Alex Redano fez uma denúncia na Comissão quanto à cobrança de sangue por parte do Fhemeron a um paciente em Ariquemes. “Mesmo após intensa campanha da família que reuniu mais de vinte doadores, foi cobrado cerca de R$ 1.200,00 da família por duas bolsas de sangue. Além da dor da perda do ente, a família teve de arcar com este elevado custo”.
Redano lembrou que havia um acordo para que o governo não cobrasse por este sangue, mesmo o fornecido para a rede privada. Dr. Neidson lembrou ao deputado que a cobrança é constitucional, “mas somente é permitida a cobrança dos hemoderivados fornecidos para a rede privada. Na pública é gratuita”.
Dr. Neidson também esclareceu que apesar de legal, a cobrança não é feita em todos os Estados. “Cabe a cada gestor, realizar ou não a cobrança”. Lembrou que no Acre não é cobrado.
Ao ler a Lei durante a reunião, ficou esclarecido que a cobrança não é pelo produto, mas sim pelos testes e serviços realizados no sangue.
O deputado Jesuíno propôs que em Rondônia se faça uma Lei que vede a cobrança, tendo em vista que o sangue vem de doações voluntárias, portanto, de forma alguma deve ser cobrado por este produto.
Foi votado e deliberado o estudo da Lei e posteriormente, tomar as devidas providências sobre o assunto a fim de que se evite a cobrança pelo sangue, mesmo em rede privada.
ALE/RO - DECOM - [Geovani Berno]
Foto: Ana Célia