Deputado Dr. Neidson propõe implantação de clínica de hemodiálise em Guajará-Mirim
O deputado Dr. Neidson (PMN) realizou na manhã desta sexta-feira (27), no Plenário da Assembleia Legislativa, audiência pública para tratar de questões referentes aos pacientes renais crônicos e da implantação dos serviços de hemodiálise em Guajará-Mirim.
Dr. Neidson destacou no início as dificuldades dos pacientes de Guajará-Mirim e de toda a região que dependem de Porto Velho e sofrem com o transporte com longas distâncias.
O vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (Fenapar), Jonas Cavalcante, disse que no Brasil existem 122 mil pacientes e em Rondônia mais de mil que dependem da hemodiálise. “Não existe na medicina medicamento que reverta o problema renal. É crônico”.
Jonas explicou a função renal e sua importância para o organismo e os motivos que levam à dependência de tratamento, na espera de um transplante. A expectativa de vida de um renal crônico é de seis anos, devido à debilitação do paciente. Falou de outros problemas como a questão da falta de medicamentos, transporte adequado e outros.
Os demais debatedores ressaltaram as questões dos procedimentos, desgaste dos pacientes em longas viagens, dificuldade de medicamento aos transplantados e do transporte dentro da capital. No entanto, destacaram o bom atendimento das clínicas contratadas para o tratamento.
Debatedores
O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Guajará, Marcos Roberto da Silva, destacou as dificuldades dos pacientes, dificuldade para acordar duas da manhã para chegar a Porto Velho até as 9h, enfrentar o tratamento e retornar. Isso três vezes na semana. “É muito sofrimento”, disse pedindo em nome do saudoso bispo Dom Geraldo Vendier, que atendam e instalem o serviço no município.
João Vanderlei, vereador em Guajará, disse acreditar no empenho do governo do Estado e no trabalho de todos os envolvidos para a instalação do tratamento no município e minimizar o sofrimento de tantos pacientes.
A mãe de um transplantado, Iracema Sena dos Santos, contou o sofrimento pelo qual passou com sua filha e pediu atenção quanto ao medicamento que os transplantados necessitam. “O secretário de Saúde debocha dos pacientes” e pediu providências da Assembleia para solucionar, pois “ganhar salário mínimo e comprar medicamentos não dá”, concluiu.
José Artur Pita, marido de doente renal crônica, disse que a viagem de ônibus é chamada da viagem da morte. “Precisamos urgente desta unidade de tratamento em GM para atender nossos pacientes”.
Assistente Social da Clínica Nefron em Porto Velho, lamenta o que passam os pacientes, mas salientou o atendimento multidisciplinar dado a eles. A clínica faz o melhor, mas a estrutura fora para o transporte dos pacientes é muito complicada, devido à debilidade que muitos ficam após o tratamento. “Muitos pacientes vão ao tratamento de bicicleta, pois o Consórcio SIM retirou o benefício, o que é desumano”, destacou.
A paciente de Nova Mamoré, Ivonete Teixeira de Araújo, disse que precisam de uma técnica em enfermagem para acompanhar os pacientes dentro da van de transporte.
O vice-prefeito de Nova Mamoré, Isaías Fernanades (PMDB) falou sobre a possibilidade de aumento no auxílio doença junto ao INSS, bastando para isso Laudo Médico e ingressar com pedido junto ao órgão. Sobre a técnica de enfermagem disse que irá resolver.
Raquel Moreira, paciente renal, fez uma série de reclamações sobre o transporte público na capital, alimentação dos pacientes e em especial quanto à distribuição dos medicamentos nos postos de saúde. Elogiou o tratamento clínico.
O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Raimundo Nonato Soares, disse que é preciso separar o que é responsabilidade do Estado e do Município. É preciso que o governo tome as providências e se é para a saúde, os deputados podem liberar emendas para solucionar a questão.
O prefeito de Guajará-Mirim, Cícero Noronha (DEM), pediu ao adjunto da Saúde que se construa junto com a estabilidade econômica do Estado, uma política pública na saúde mais adequada a população, igualitária com a da capital, sem submeter esta quantidade de vidas aos riscos de viagens constantes. “É preciso justiça para com os moradores do Vale do Guaporé e Mamoré”.
O secretário adjunto da Saúde, médico Luiz Eduardo Maiorquim, disse que todas as críticas são válidas e precisam ser avaliadas, mas afirmou que “nunca se evoluiu tanto na nefrologia como nestes últimos anos”. Disse que já foram realizados 60 transplantes somente no governo Confúcio Moura (PMDB) e também dezenas de outros órgãos.
Disse que o bom serviço das clínicas que prestam serviço de hemodiálise é uma obrigação pelos contratos firmados com todas. “Tem um dever a cumprir e não é um favor, recebem bem por isso”. A visão da secretaria de Saúde, afirmou, “é que a vida não tem preço e precisa ser valorizada”.
Reafirmou que depende de licitação e de leis e que medicamentos somente serão comprados dentro do que preconiza a lei, ou seja, na legalidade. Sobre a diálise em Guajará disse da dificuldade em trazer nefrologista ao Estado, relatando sua peregrinação para conseguir trazer um profissional para atender em Ariquemes.
Ao final, Dr. Neidson propôs que os municípios de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, o governo do Estado e o município de Porto Velho, façam o levantamento do custo referente ao transporte dos pacientes, e que esse recurso seja repassado para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) investir em uma clínica que se interesse em levar o serviço de hemodiálise para Guajará-Mirim.
“A ideia é investir esse dinheiro na clínica que aceitasse realizar o serviço de hemodiálise lá em Guajará-Mirim e que também atenderia pacientes de Nova Mamoré e Ponta do Abunã. Isso diminuiria os gastos e o sofrimento dos pacientes que precisam viajar três vezes por semana para receber o atendimento. Se esse gasto já existe há tanto tempo, que então seja feita a implantação de uma clínica em Guajará, com mais recursos para esses pacientes”, propôs o deputado.
O encaminhamento final é de realizar novas reuniões para “costurar” a proposta e verificar a viabilidade técnica e a participação de cada ente público na construção dessa possibilidade.
Dr. Neidson destacou no início as dificuldades dos pacientes de Guajará-Mirim e de toda a região que dependem de Porto Velho e sofrem com o transporte com longas distâncias.
O vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (Fenapar), Jonas Cavalcante, disse que no Brasil existem 122 mil pacientes e em Rondônia mais de mil que dependem da hemodiálise. “Não existe na medicina medicamento que reverta o problema renal. É crônico”.

Os demais debatedores ressaltaram as questões dos procedimentos, desgaste dos pacientes em longas viagens, dificuldade de medicamento aos transplantados e do transporte dentro da capital. No entanto, destacaram o bom atendimento das clínicas contratadas para o tratamento.
Debatedores

João Vanderlei, vereador em Guajará, disse acreditar no empenho do governo do Estado e no trabalho de todos os envolvidos para a instalação do tratamento no município e minimizar o sofrimento de tantos pacientes.
A mãe de um transplantado, Iracema Sena dos Santos, contou o sofrimento pelo qual passou com sua filha e pediu atenção quanto ao medicamento que os transplantados necessitam. “O secretário de Saúde debocha dos pacientes” e pediu providências da Assembleia para solucionar, pois “ganhar salário mínimo e comprar medicamentos não dá”, concluiu.


A paciente de Nova Mamoré, Ivonete Teixeira de Araújo, disse que precisam de uma técnica em enfermagem para acompanhar os pacientes dentro da van de transporte.

Raquel Moreira, paciente renal, fez uma série de reclamações sobre o transporte público na capital, alimentação dos pacientes e em especial quanto à distribuição dos medicamentos nos postos de saúde. Elogiou o tratamento clínico.

O prefeito de Guajará-Mirim, Cícero Noronha (DEM), pediu ao adjunto da Saúde que se construa junto com a estabilidade econômica do Estado, uma política pública na saúde mais adequada a população, igualitária com a da capital, sem submeter esta quantidade de vidas aos riscos de viagens constantes. “É preciso justiça para com os moradores do Vale do Guaporé e Mamoré”.
O secretário adjunto da Saúde, médico Luiz Eduardo Maiorquim, disse que todas as críticas são válidas e precisam ser avaliadas, mas afirmou que “nunca se evoluiu tanto na nefrologia como nestes últimos anos”. Disse que já foram realizados 60 transplantes somente no governo Confúcio Moura (PMDB) e também dezenas de outros órgãos.




O encaminhamento final é de realizar novas reuniões para “costurar” a proposta e verificar a viabilidade técnica e a participação de cada ente público na construção dessa possibilidade.