Comissão discute regulação do SUS e situação de Guajará-Mirim na saúde
A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social se reuniu na manhã desta terça feira (21) no Plenário da Casa Legislativa para discutir as regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a situação da área em Guajará-Mirim.
O deputado Dr. Neidson (PMN), vice-presidente da CSPAS, afirmou que já houve duas idas do Programa Policlínica Oswaldo Cruz Itinerante (POC Itinerante), porém ainda são necessárias outras ações como essa, pela quantidade de pessoas que não conseguem ser atendidas. “Nós queremos fazer novas POCs em Guajará-Mirim e Nova Mamoré”, afirmou.
Ele destacou, também, que gostaria de realizar uma audiência pública para tratar do assunto. Ao ser questionado se ela poderia ser em Guajará, o parlamentar afirmou que as solicitações feitas com esse intuito por ele normalmente são vetadas na Câmara dos Vereadores da cidade.
“A maioria das vezes que há solicitações de sessões fora de Porto Velho, a Câmara, talvez por questões políticas, barra toda vez que quero beneficiar Guajará Mirim. Isso não ocorre com Nova Mamoré”, especificou.
Jesuíno Boabaid (PMN), componente da comissão, afirmou ser necessário verificar as questões reivindicadas pela população. “Queria convocar o secretário do Estado para discutir a pauta e procurar soluções eficazes para o problema”, acrescentou.
O parlamentar ressaltou a dificuldade do município de Guajará, que precisa atender a sua demanda e também os estrangeiros da Bolívia que atravessam, muitas vezes, para receber atendimento. “É uma medida sábia da prefeitura, porém ainda é preciso que se atenda as demandas do município, pois Guajará hoje presencia um caos na saúde”, citou.
O prefeito de Guajará-Mirim, Cícero Noronha (DEM), agradeceu a presença de todos e disse que a prefeitura entende que a vida humana deve ser respeitada, por isso eles fazem atendimentos de pessoas da Bolívia, porém ressaltou a dificuldade que isso traz às demandas municipais, já que eles não podem atender a todos.
“Eu não tenho responsabilidade para fazer saúde para a população boliviana, apenas aqueles que moram do lado brasileiro, mas também não podemos ignorar. Hoje temos que atender primeiro os nossos pacientes”, detalhou
Ele afirmou que, sobre o regulamento, acredita que Guajará deveria ter um tratamento diferenciado, levando em consideração as circunstâncias que o município se encontra, como falta de recursos e de equipamentos e uma grande quantidade de pacientes para serem atendidos.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Guajará-Mirim, Marcos Roberto, agradeceu a reunião e exaltou o trabalho de Dr. Neidson na região. Segundo ele, uma das maiores complicações no sistema, hoje, é a grande demanda de cadastrados para poucos recursos e profissionais. “Temos listas de pacientes que foram inseridos em 2015, alguns provavelmente já foram a óbito, e não temos como ajudar”, relatou.
Ele disse, também, que uma das irregularidades que acontecem no sistema é quando há o encaixe de algum paciente por conta de pedidos particulares. “Há pessoas que são encaixadas antes das outras para serem atendidas por pedidos de políticos ou particulares e isso acaba atrapalhando bastante e tirando oportunidades”, afirmou.
Maxsuellen Leite, enfermeira do SUS, disse que outra grande dificuldade do município é que há grandes processos judiciais que a cidade não pode atender. “O município não comporta o serviço da maneira correta, não tendo capacidade para absorver os problemas dos clientes que já estão cadastrados”, frisou.
Ela falou, também, da demora de empresas prestadoras de serviço em entregar os resultados dos exames aos pacientes para que eles possam se organizar junto à administração e realizar viagens para a capital, caso necessário. “As empresas se delongam para entregar, às vezes informando o paciente um dia antes de ele poder marcar a viagem e não conseguimos atender eles desse jeito”, contou.
Leteliê de Oliveira, representante da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), declarou que o próprio sistema possui um limite de rede. Quanto as cotas que se encontram na regulação, ela afirmou que a quantidade de vagas é definida após a realização de um levantamento das ofertas dividido pela população. “Há divisão de cotas por região e quanto às capacitações de profissionais, nós realizamos uma educação continuada. Temos procurado dar muitas instruções e capacitações para os servidores”, citou.
Após ouvir as declarações, a comissão fez encaminhamentos para a realização de uma audiência pública para debater os pontos pertinentes e também para que os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim enviem uma lista de levantamento de profissionais e de equipamentos em falta para que se solucione os problemas de escassez.
ALE/RO - DECOM - Isabela Gomes
Foto: Gilmar de Jesus
O deputado Dr. Neidson (PMN), vice-presidente da CSPAS, afirmou que já houve duas idas do Programa Policlínica Oswaldo Cruz Itinerante (POC Itinerante), porém ainda são necessárias outras ações como essa, pela quantidade de pessoas que não conseguem ser atendidas. “Nós queremos fazer novas POCs em Guajará-Mirim e Nova Mamoré”, afirmou.
Ele destacou, também, que gostaria de realizar uma audiência pública para tratar do assunto. Ao ser questionado se ela poderia ser em Guajará, o parlamentar afirmou que as solicitações feitas com esse intuito por ele normalmente são vetadas na Câmara dos Vereadores da cidade.
“A maioria das vezes que há solicitações de sessões fora de Porto Velho, a Câmara, talvez por questões políticas, barra toda vez que quero beneficiar Guajará Mirim. Isso não ocorre com Nova Mamoré”, especificou.
Jesuíno Boabaid (PMN), componente da comissão, afirmou ser necessário verificar as questões reivindicadas pela população. “Queria convocar o secretário do Estado para discutir a pauta e procurar soluções eficazes para o problema”, acrescentou.
O parlamentar ressaltou a dificuldade do município de Guajará, que precisa atender a sua demanda e também os estrangeiros da Bolívia que atravessam, muitas vezes, para receber atendimento. “É uma medida sábia da prefeitura, porém ainda é preciso que se atenda as demandas do município, pois Guajará hoje presencia um caos na saúde”, citou.
O prefeito de Guajará-Mirim, Cícero Noronha (DEM), agradeceu a presença de todos e disse que a prefeitura entende que a vida humana deve ser respeitada, por isso eles fazem atendimentos de pessoas da Bolívia, porém ressaltou a dificuldade que isso traz às demandas municipais, já que eles não podem atender a todos.
“Eu não tenho responsabilidade para fazer saúde para a população boliviana, apenas aqueles que moram do lado brasileiro, mas também não podemos ignorar. Hoje temos que atender primeiro os nossos pacientes”, detalhou
Ele afirmou que, sobre o regulamento, acredita que Guajará deveria ter um tratamento diferenciado, levando em consideração as circunstâncias que o município se encontra, como falta de recursos e de equipamentos e uma grande quantidade de pacientes para serem atendidos.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Guajará-Mirim, Marcos Roberto, agradeceu a reunião e exaltou o trabalho de Dr. Neidson na região. Segundo ele, uma das maiores complicações no sistema, hoje, é a grande demanda de cadastrados para poucos recursos e profissionais. “Temos listas de pacientes que foram inseridos em 2015, alguns provavelmente já foram a óbito, e não temos como ajudar”, relatou.
Ele disse, também, que uma das irregularidades que acontecem no sistema é quando há o encaixe de algum paciente por conta de pedidos particulares. “Há pessoas que são encaixadas antes das outras para serem atendidas por pedidos de políticos ou particulares e isso acaba atrapalhando bastante e tirando oportunidades”, afirmou.
Maxsuellen Leite, enfermeira do SUS, disse que outra grande dificuldade do município é que há grandes processos judiciais que a cidade não pode atender. “O município não comporta o serviço da maneira correta, não tendo capacidade para absorver os problemas dos clientes que já estão cadastrados”, frisou.
Ela falou, também, da demora de empresas prestadoras de serviço em entregar os resultados dos exames aos pacientes para que eles possam se organizar junto à administração e realizar viagens para a capital, caso necessário. “As empresas se delongam para entregar, às vezes informando o paciente um dia antes de ele poder marcar a viagem e não conseguimos atender eles desse jeito”, contou.
Leteliê de Oliveira, representante da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), declarou que o próprio sistema possui um limite de rede. Quanto as cotas que se encontram na regulação, ela afirmou que a quantidade de vagas é definida após a realização de um levantamento das ofertas dividido pela população. “Há divisão de cotas por região e quanto às capacitações de profissionais, nós realizamos uma educação continuada. Temos procurado dar muitas instruções e capacitações para os servidores”, citou.
Após ouvir as declarações, a comissão fez encaminhamentos para a realização de uma audiência pública para debater os pontos pertinentes e também para que os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim enviem uma lista de levantamento de profissionais e de equipamentos em falta para que se solucione os problemas de escassez.
ALE/RO - DECOM - Isabela Gomes
Foto: Gilmar de Jesus